Quem sou eu

Arnaldo B. T. Martins. Jornalista. Escritor. Poeta. Vencedor do Concurso Literário "Palavras para o Coração" da Litteris Editora do Rio de Janeiro no ano de 2004, 2° Lugar em outro concurso da mesma editora em 2008, atualmente publicando o folheto de cordel "A Peleja dos Pastores de Várias Igrejas Contra o Diabo", pela Editora Luzeiro - SP, e atuando nos Blogs Diário do Dado, Conhecimento de Vida, dentre outros.
Pesquisa personalizada

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Os avanços tecnológicos da comunicação no mundo globalizado

1
O mundo globalizado
Valoriza a Informação
Através dos mecanismos
Que tem a disposição
Mas nenhum pode passar
A digitalização

2
O assunto é antigo
E bem pouco explorado
Pelos Versos dos Poetas
Que deixaram legado
Pelas rimas dos Cordéis
Esse assunto abastado

3
Pois a Comunicação
Rege o desenvolvimento
E faz da Informação
Um pilar que dá sustento
Sendo esta a essência
De um empreendimento

4
Vou dar curto exemplo
Nestes Versos inspirados
No assunto que abordo
Em refrões delineados
Pois sem a Informação
Não seriam detalhados

5
Informado o homem pode
Ter total conhecimento
Sobre assunto que domine
E no qual tenha intento
Só assim terá sucesso
E bom desenvolvimento

6
Existem muitas formas
De obter Informação
É aqui que adentramos
Pela Comunicação
Através de mecanismos
Como a televisão

7
O jornal também informa
A revista e o programa
A Internet e o rádio
Onde muitos buscam fama
Os folhetos e panfletos
Todos deitam nessa cama

8
E foi Johan Gutenberg
Um famoso inventor
Que mudou a impressão
Melhorando seu teor
Começando novo tempo
Pra qualquer pesquisador

9
Com a prensa melhorada
Bem como a tipografia
Uma Bíblia foi impressa
Gerando a alegria
Pois o livro, nesse tempo
Só à mão se escrevia

10
Demorou por cinco anos
Essa grande produção
Quando o Livro ficou pronto
Chegou a revolução
Que deu mais velocidade
Ao sistema de impressão

11
Foi no Século XIV
Ano de 55
Que a Bíblia ficou pronta
Mais bonita que um brinco
Gutenberg, empenhado
Trabalhara com afinco

12
E os tempos se iam
Com os Séculos passando
Grandes títulos impressos
Devagar foram chegando
Trazendo conhecimento
Nossa mente transformando

13
E assim ficou mais fácil
Fazer Comunicação
Entre povos e nações
De diversa opinião
Começava nesse tempo
Nossa globalização

14
Muitas grandes invenções
Frutos de Conhecimento
Obtido das leituras
Chegaram bem a contento
Revirando a humanidade
Todo dia num invento

15
Mas, porém, por outro lado
Muitas guerras orquestradas
Pela mesma evolução
Foram sendo mais armadas
Destruindo muitos povos
E nações desinformadas

16
A História nos revela
Que a Comunicação
Ajudou prevalecer
Quem detinha Informação
E todo Conhecimento
Que cabia na instrução

15
Os livros, por muito tempo
Foram fontes soberanas
De todo conhecimento
Jorrando em espadanas
Uns, usavam para o bem
Outros, em ações tiranas

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Pimenta Bueno - RO
2 de Fevereiro de 2009

domingo, 24 de janeiro de 2010

Pois Mulher Muito Bonita, Deixa o Homem Preocupado

1
Quando eu era solteiro
Vivia de regalias
Escrevendo poesias
Conheci o mundo inteiro
Mas o vate verdadeiro
Verseja o acertado
Eu fiquei muito vexado
Quando vi Rafaelita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

2
Rafaela eu namorava
No maior contentamento
E em mim um desalento
Que só me incomodava
A menina se arrumava
No domingo ensolarado
E eu saía mais lustrado
Do que brilho de pepita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

3
No Forró do Lampião
Todo mundo me olhava
Quanto mais nós dois dançava
Batendo o pé no chão
Os macho, de armação
Se chegavam pro meu lado
Eu puxava apertado
Aquela que me habita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

4
Eu já li tanta história
De princesa encantada
Eu já li contos de fada
Li derrota e vitória
Já fiz tanta trajetória
Com o meu trinta armado
Porque um macho gamado
Não vacila ou facilita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

5
Com esse amor casei
Para construir família
E bem como na guerrilha
Armamentos carreguei
Cabra que só diz: “Não sei”
Sem ter tino ou cuidado
Perde o seu bem amado
Se cochila ou dormita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

PUBLICADO EM JUNHO DE 2010 - CONTATOS PARA AQUISIÇÃO DO LIVRETO (69) 9976 9902, OU PELO E-MAIL dadomartinspoeta@yahoo.com.br, OU AINDA MSN: arnaldomartinspoeta@hotmail.com

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A História de Moisés e as Dez Pragas do Egito

1
Eu quero pedir licença
Aos excelsos menestréis
Da poesia brasileira
Nas sextilhas dos cordéis
Pra versar a minha história
Que eu trago aos vossos pés

2
Vou versar uma passagem
Há milênios registrada
Muitos têm conhecimento
Dessa história afamada
Porque tudo é contado
Pela Bíblia Sagrada

3
O povo de Israel
Era escravo no Egito
E por 400 anos
O povo viveu aflito
Sofrendo em terra estranha
Sob um jugo maldito

4
Mas o povo aumentava
Muito se fortalecia
Faraó, rei do Egito
Com seus pares concluía
Que o povo aumentado
Mau agouro parecia

5
E o rei preocupado
Ordenou suas parteiras
Que matassem os meninos
Das hebréias nas esteiras
As meninas, que deixassem
Para serem lavadeiras

6
As parteiras, temerosas
Ao rei não obedeceram
Israel só aumentou
Muitos meninos nasceram
As parteiras prosperaram
As crianças floresceram

7
Faraó, enfurecido
Demonstrou seu poderio
Ordenou que os meninos
Fossem jogados no rio
Que nenhum ficasse vivo
Mas vivesse o mulherio

8
“Um, da casa de Levi”
Nesse tempo de horrores
Casou-se e teve um filho
Mantido nos bastidores
A mãe dele só queria
Livra-lo dos matadores

9
Então ela fez um cesto
Colocou lá o menino
E o cesto pôs no rio
Protegendo o pequenino
Que o rio foi descendo
Fugindo do desatino

10
A irmã desse menino
Escondeu-se em um mato
Para ver o que seria
Como se daria o fato
E ouvia o seu mano
Chorando no artefato

11
A Filha do Faraó
Descia pra se banhar
Nas águas daquele rio
Queria se refrescar
Nesta hora viu o cesto
Que a donzela foi buscar

12
Abrindo o cesto viu
A criança que chorava
Mas sabia que seu pai
Aos meninos odiava
Moveu-se de compaixão
Enquanto se apegava

13
E ali apareceu
A menina que seguia
Depois veio sua mãe
Deslumbrante de alegria
Pra buscar o próprio filho
Que a princesa guarnecia

14
E as três logo fizeram
Um difícil combinado
De cuidarem a criança
Num lugar distanciado
E salvarem sua alma
Porque era abençoado

15
Sendo o menino grande
A mãe dele o levou
À Filha do Faraó
E a ela o entregou
Deu-lhe o nome de Moisés
Pois das águas o tirou

Pimenta Bueno - Rondônia
20 de Janeiro de 2010

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu compro e pago à vista, Me diga qual é o valor

Cavalo, boi e jumento
Bode, galinha e cabra
Lata velha que não abra
Abano de fazer vento
Cabo de faca, alimento
Tamborete e tambor
Caminhão e até trator
E também um motorista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Ouro puro derretido
Esmeralda e diamante
A cueca dum gigante
Pra guardar o falecido
Compro chumbo derretido
Pra beber sem sentir dor
Um café, um coador
Um sapato de alpinista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Bacamarte e munição
Uma sela arrastadeira
Peitoral e caneleira
Um bom laço e gibão
Viola e violão
Diapazão afinador
Pandeiro multicolor
Um livro de Repentista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Veneno pra muriçoca
Semente pra plantação
Enxada e enxadão
Um litro de Ypioca
Quero milho de pipoca
E um fumo de sabor
Um cachimbo pitador
Um jornal, uma revista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Uma casa mobiliada
Uma mulher fogueteira
Uma sogra fofoqueira
Uma prima, uma cunhada
Cozinheira, empregada
Uma cama e cobertor
Mesinha, ventilador
E a fama de artista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Escrevo meu Verso forte, No estilo Cantoria

Ozanildo me chamou
Pra tocar uma viola
Ele foi a minha escola
Pelas notas que ensinou
E comigo ensaiou
Muitos versos de alegria
E n nasceu a harmonia
Existente em todo Norte
Escrevo meu Verso forte
No estilo Cantoria

Elogios escutei
Daquele que ensinava
E atento escutava
Cada nota que arranhei
Dos versos que improvisei
À vontade a gente ria
Uma dupla que nascia
Pra tentar profundo corte
Escrevo meu Verso forte
No estilo Cantoria

Pois Graúna e Xexéu
Vieram da capital
Gostaram do som legal
Escutado até no céu
Com poder de bacharel
Outorgaram-nos valia
Disseram que a gente ia
Provocar até a morte
Escrevo meu Verso forte
No estilo Cantoria

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Me ouça quem tem ouvido, Mente boa, entendimento

O mundo chora em dores
Sob a fúria do pecado
Correndo pra todo lado
Vai pisando belas flores
Sob injurias, dissabores
O homem não tem alento
Lhe domina o sofrimento
Ele chora comovido
Me ouça quem tem ouvido
Mente boa, entendimento

Os dias são apertados
E voam rapidamente
Anos passam no presente
Passos se vão apressados
Homens são direcionados
Para o ato violento
E não pensam um momento
Que o mau já foi vencido
Me ouça quem tem ouvido
Mente boa, entendimento

As famílias se dissolvem
E se perde a juventude
E por mais que se estude
Os problemas se revolvem
Corações não se comovem
E maquinam o tormento
Acaba-se o casamento
Entre a esposa e o marido
Me ouça quem tem ouvido
Mente boa, entendimento

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Tem um Rio de Poesia, Correndo em meu Coração

A vida anda agitada
Neste momento presente
Parecendo estar doente
A massa vai abalada
Vai e vem pela estrada
Na vida de agitação
Se embola o povão
Numa crise doentia
Tem um rio de Poesia
Correndo em meu coração

O roubo desenfreado
Atinge a toda gente
Irmão rouba o parente
O prefeito, o deputado,
O rebanho enganado
Vai rumo a perdição
Enriquece o patrão
Sobre o pão do bóia-fria
Tem um rio de Poesia
Correndo em meu coração

Na viola o cantador
Canta o verso mais medonho
O seu peito está tristonho
Pois lá lhe consome a dor
Por olhar o desamor
Consumindo a nação
No inferno ri o cão
Reinando a baixaria
Tem um rio de Poesia
Correndo em meu coração

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Bem Assim é o Tratamento aos Presos Pobre e ao Rico

1º Mote:

BEM ASSIM É O TRATAMENTO
AO PRESO QUE TEM DINHEIRO

2º Mote:

BEM ASSIM É O TRATAMENTO
AO PRESO QUE NÃO TEM NADA

Glosa:

um preso de regalia
é bandido de “limpeza”
ele impõe sua grandeza
e ninguém lhe desafia
entra e sai pelo vigia
nem parece prisioneiro
vai e volta o tempo inteiro
sem sofrer algum tormento
bem assim é o tratamento
ao preso que tem dinheiro

o bandido da pobreza
é um mero desvalido
pois além de ser bandido
o destratam com frieza
se não tem a tal “riqueza”
sua vara é lavrada
sua pena executada
lhe sufoca o sofrimento
bem assim é o tratamento
ao preso que não tem nada

o preso que é querido
tem a roupa bem cheirosa
com todos fica de prosa
e todos lhe dão ouvido
quase sempre é fingido
seu intento é traiçoeiro
pode ter um travesseiro
um colchão de água e vento
bem assim é o tratamento
ao preso que tem dinheiro

o preso que não tem rosa
fede igual uma carniça
tem doença de tiriça
tem piolhos e manhosa
sua noite é dolorosa
pois não tem nem almofada
sua cama está armada:
pedra, areia e cimento
bem assim é o tratamento
ao preso que não tem nada

preso rico não enguiça
por todos é bem tratado
tem um terno bem passado
pra poder rezar a missa
é tranqüilo co’a justiça
tem shampoo, água-de-cheiro
bom cigarro e um isqueiro
carro no estacionamento
bem assim é o tratamento
ao preso que tem dinheiro

preso pobre é enguiçado
de todos sofre cuspida
uma camisa carcomida
um sapato sem solado
o tempo todo preocupado
sua calça é rasgada
fuma bituca catada
no pátio do ajuntamento
bem assim é o tratamento
ao preso que não tem nada

PUBLICADO EM JUNHO DE 2010 - CONTATOS PARA AQUISIÇÃO DO LIVRETO (69) 9976 9902, OU PELO E-MAIL dadomartinspoeta@yahoo.com.br, OU AINDA MSN: arnaldomartinspoeta@hotmail.com

Nos Dez de Galope na Beira do Mar

me sento pensando num verso decente
pois tenho escolhido esta Arte de Rima
eu rimo contente por baixo e por cima
não temo o veio que vem de repente
versando à caneta eu sou persistente
e mostro meu Verso pro mundo cantar
pesquiso o assunto de modo exemplar
pra que usufrua total serventia
e trago ao mundo a minha Poesia
nos dez de galope na beira do mar

eu sei que tem gente que me aprecia
que lê os meus Versos contente e orgulhoso
mas tem cabra fraco de tino invejoso
que vive de golpes e de covardia
reprova meu Verso e chama de fria
a Arte e a Pena que estou a louvar
nasci pra escrever e eu não vou mudar
o Verso que trago num peito atento
se topo gigantes, sem medo enfrento
nos dez de galope na beira do mar

um cabra ruim sem freio e alento
dizendo ser vate e também jornalista
tentou derrubar-me no meio da pista
e não conseguiu concluir seu intento
sou homem de paz e não violento
entretanto irritei co’esse cabra vulgar
em verso e estrofe eu fiz ele chorar
pra ele aprender que não é meu senhor
mostrei-lhe meu peso e também meu valor
nos dez de galope na beira do mar

o Poeta é um homem que é sonhador
lutando contente de noite e de dia
levando ao peito o brasão da Poesia
a espada na mão é uma Pena de Amor
e vai encarando em bravura e fervor
a falta de apoio a lhe atacar
buscando valor, persiste em lutar
tentando fazer do sonho sonhado
seu objetivo já realizado
nos dez de galope na beira do mar

eu brinco riscando o meu Verso rimado
o Verso é paz e também alegria
é faca afiada que corta e fatia
quando o Poeta se sente acuado
é um Papo-Amarelo já engatilhado
buscando o olho pra lhe estourar
e quando estoura faz espatifar
inimigo caindo encontra o chão
agoniza secando ao Sol do Sertão
nos dez de galope na beira do mar

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Pago Dez para Beber, E Cinqüenta pra Brigar

na facada eu arrepio
qualquer um cabra valente
depois tomo aguardente
novamente eu desafio
dou três, quatro rodopio
para o cabra não piscar
mesmo antes de falar
dei três pontos de doer
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

eu topei com Virgulino
que vagava no sertão
quis meu couro e meu facão
quando abri em desatino
os seus cabras vinham vindo
só pra me fazer rodar
eu mandei tudo pro ar
Lampião eu fiz correr
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

eu bebia minha pinga
quando entrou um valentão
deu dois murros no balcão
e quebrou duas moringa
como o cão atiça e vinga
pulei nele pra furar
com o facão a faiscar
ele começou gemer
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

um briguento consagrado
quis comigo bater rinha
eu fiz ele soltar linha
e sair todo borrado
dei dois tiros no solado
só pra ele se assustar
ele começou gritar
que nem dama de prazer
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

sou igual uma formiga
quando lido no serviço
nunca vou atrás de enguiço
mas alguma coisa instiga
me perseguem farra e briga
quando chego num lugar
bem que tento evitar
mas não posso me conter
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!