Quem sou eu

Arnaldo B. T. Martins. Jornalista. Escritor. Poeta. Vencedor do Concurso Literário "Palavras para o Coração" da Litteris Editora do Rio de Janeiro no ano de 2004, 2° Lugar em outro concurso da mesma editora em 2008, atualmente publicando o folheto de cordel "A Peleja dos Pastores de Várias Igrejas Contra o Diabo", pela Editora Luzeiro - SP, e atuando nos Blogs Diário do Dado, Conhecimento de Vida, dentre outros.
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domingo, 24 de janeiro de 2010

Pois Mulher Muito Bonita, Deixa o Homem Preocupado

1
Quando eu era solteiro
Vivia de regalias
Escrevendo poesias
Conheci o mundo inteiro
Mas o vate verdadeiro
Verseja o acertado
Eu fiquei muito vexado
Quando vi Rafaelita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

2
Rafaela eu namorava
No maior contentamento
E em mim um desalento
Que só me incomodava
A menina se arrumava
No domingo ensolarado
E eu saía mais lustrado
Do que brilho de pepita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

3
No Forró do Lampião
Todo mundo me olhava
Quanto mais nós dois dançava
Batendo o pé no chão
Os macho, de armação
Se chegavam pro meu lado
Eu puxava apertado
Aquela que me habita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

4
Eu já li tanta história
De princesa encantada
Eu já li contos de fada
Li derrota e vitória
Já fiz tanta trajetória
Com o meu trinta armado
Porque um macho gamado
Não vacila ou facilita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

5
Com esse amor casei
Para construir família
E bem como na guerrilha
Armamentos carreguei
Cabra que só diz: “Não sei”
Sem ter tino ou cuidado
Perde o seu bem amado
Se cochila ou dormita
Pois mulher muito bonita
Deixa o homem preocupado

PUBLICADO EM JUNHO DE 2010 - CONTATOS PARA AQUISIÇÃO DO LIVRETO (69) 9976 9902, OU PELO E-MAIL dadomartinspoeta@yahoo.com.br, OU AINDA MSN: arnaldomartinspoeta@hotmail.com

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A História de Moisés e as Dez Pragas do Egito

1
Eu quero pedir licença
Aos excelsos menestréis
Da poesia brasileira
Nas sextilhas dos cordéis
Pra versar a minha história
Que eu trago aos vossos pés

2
Vou versar uma passagem
Há milênios registrada
Muitos têm conhecimento
Dessa história afamada
Porque tudo é contado
Pela Bíblia Sagrada

3
O povo de Israel
Era escravo no Egito
E por 400 anos
O povo viveu aflito
Sofrendo em terra estranha
Sob um jugo maldito

4
Mas o povo aumentava
Muito se fortalecia
Faraó, rei do Egito
Com seus pares concluía
Que o povo aumentado
Mau agouro parecia

5
E o rei preocupado
Ordenou suas parteiras
Que matassem os meninos
Das hebréias nas esteiras
As meninas, que deixassem
Para serem lavadeiras

6
As parteiras, temerosas
Ao rei não obedeceram
Israel só aumentou
Muitos meninos nasceram
As parteiras prosperaram
As crianças floresceram

7
Faraó, enfurecido
Demonstrou seu poderio
Ordenou que os meninos
Fossem jogados no rio
Que nenhum ficasse vivo
Mas vivesse o mulherio

8
“Um, da casa de Levi”
Nesse tempo de horrores
Casou-se e teve um filho
Mantido nos bastidores
A mãe dele só queria
Livra-lo dos matadores

9
Então ela fez um cesto
Colocou lá o menino
E o cesto pôs no rio
Protegendo o pequenino
Que o rio foi descendo
Fugindo do desatino

10
A irmã desse menino
Escondeu-se em um mato
Para ver o que seria
Como se daria o fato
E ouvia o seu mano
Chorando no artefato

11
A Filha do Faraó
Descia pra se banhar
Nas águas daquele rio
Queria se refrescar
Nesta hora viu o cesto
Que a donzela foi buscar

12
Abrindo o cesto viu
A criança que chorava
Mas sabia que seu pai
Aos meninos odiava
Moveu-se de compaixão
Enquanto se apegava

13
E ali apareceu
A menina que seguia
Depois veio sua mãe
Deslumbrante de alegria
Pra buscar o próprio filho
Que a princesa guarnecia

14
E as três logo fizeram
Um difícil combinado
De cuidarem a criança
Num lugar distanciado
E salvarem sua alma
Porque era abençoado

15
Sendo o menino grande
A mãe dele o levou
À Filha do Faraó
E a ela o entregou
Deu-lhe o nome de Moisés
Pois das águas o tirou

Pimenta Bueno - Rondônia
20 de Janeiro de 2010

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Eu compro e pago à vista, Me diga qual é o valor

Cavalo, boi e jumento
Bode, galinha e cabra
Lata velha que não abra
Abano de fazer vento
Cabo de faca, alimento
Tamborete e tambor
Caminhão e até trator
E também um motorista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Ouro puro derretido
Esmeralda e diamante
A cueca dum gigante
Pra guardar o falecido
Compro chumbo derretido
Pra beber sem sentir dor
Um café, um coador
Um sapato de alpinista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Bacamarte e munição
Uma sela arrastadeira
Peitoral e caneleira
Um bom laço e gibão
Viola e violão
Diapazão afinador
Pandeiro multicolor
Um livro de Repentista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Veneno pra muriçoca
Semente pra plantação
Enxada e enxadão
Um litro de Ypioca
Quero milho de pipoca
E um fumo de sabor
Um cachimbo pitador
Um jornal, uma revista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

Uma casa mobiliada
Uma mulher fogueteira
Uma sogra fofoqueira
Uma prima, uma cunhada
Cozinheira, empregada
Uma cama e cobertor
Mesinha, ventilador
E a fama de artista
Eu compro e pago à vista
Me diga qual é o valor

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Escrevo meu Verso forte, No estilo Cantoria

Ozanildo me chamou
Pra tocar uma viola
Ele foi a minha escola
Pelas notas que ensinou
E comigo ensaiou
Muitos versos de alegria
E n nasceu a harmonia
Existente em todo Norte
Escrevo meu Verso forte
No estilo Cantoria

Elogios escutei
Daquele que ensinava
E atento escutava
Cada nota que arranhei
Dos versos que improvisei
À vontade a gente ria
Uma dupla que nascia
Pra tentar profundo corte
Escrevo meu Verso forte
No estilo Cantoria

Pois Graúna e Xexéu
Vieram da capital
Gostaram do som legal
Escutado até no céu
Com poder de bacharel
Outorgaram-nos valia
Disseram que a gente ia
Provocar até a morte
Escrevo meu Verso forte
No estilo Cantoria

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Me ouça quem tem ouvido, Mente boa, entendimento

O mundo chora em dores
Sob a fúria do pecado
Correndo pra todo lado
Vai pisando belas flores
Sob injurias, dissabores
O homem não tem alento
Lhe domina o sofrimento
Ele chora comovido
Me ouça quem tem ouvido
Mente boa, entendimento

Os dias são apertados
E voam rapidamente
Anos passam no presente
Passos se vão apressados
Homens são direcionados
Para o ato violento
E não pensam um momento
Que o mau já foi vencido
Me ouça quem tem ouvido
Mente boa, entendimento

As famílias se dissolvem
E se perde a juventude
E por mais que se estude
Os problemas se revolvem
Corações não se comovem
E maquinam o tormento
Acaba-se o casamento
Entre a esposa e o marido
Me ouça quem tem ouvido
Mente boa, entendimento

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

Tem um Rio de Poesia, Correndo em meu Coração

A vida anda agitada
Neste momento presente
Parecendo estar doente
A massa vai abalada
Vai e vem pela estrada
Na vida de agitação
Se embola o povão
Numa crise doentia
Tem um rio de Poesia
Correndo em meu coração

O roubo desenfreado
Atinge a toda gente
Irmão rouba o parente
O prefeito, o deputado,
O rebanho enganado
Vai rumo a perdição
Enriquece o patrão
Sobre o pão do bóia-fria
Tem um rio de Poesia
Correndo em meu coração

Na viola o cantador
Canta o verso mais medonho
O seu peito está tristonho
Pois lá lhe consome a dor
Por olhar o desamor
Consumindo a nação
No inferno ri o cão
Reinando a baixaria
Tem um rio de Poesia
Correndo em meu coração

O RESTANTE DESTE POEMA SERÁ PUBLICADO EM BREVE. AGUARDEM!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Bem Assim é o Tratamento aos Presos Pobre e ao Rico

1º Mote:

BEM ASSIM É O TRATAMENTO
AO PRESO QUE TEM DINHEIRO

2º Mote:

BEM ASSIM É O TRATAMENTO
AO PRESO QUE NÃO TEM NADA

Glosa:

um preso de regalia
é bandido de “limpeza”
ele impõe sua grandeza
e ninguém lhe desafia
entra e sai pelo vigia
nem parece prisioneiro
vai e volta o tempo inteiro
sem sofrer algum tormento
bem assim é o tratamento
ao preso que tem dinheiro

o bandido da pobreza
é um mero desvalido
pois além de ser bandido
o destratam com frieza
se não tem a tal “riqueza”
sua vara é lavrada
sua pena executada
lhe sufoca o sofrimento
bem assim é o tratamento
ao preso que não tem nada

o preso que é querido
tem a roupa bem cheirosa
com todos fica de prosa
e todos lhe dão ouvido
quase sempre é fingido
seu intento é traiçoeiro
pode ter um travesseiro
um colchão de água e vento
bem assim é o tratamento
ao preso que tem dinheiro

o preso que não tem rosa
fede igual uma carniça
tem doença de tiriça
tem piolhos e manhosa
sua noite é dolorosa
pois não tem nem almofada
sua cama está armada:
pedra, areia e cimento
bem assim é o tratamento
ao preso que não tem nada

preso rico não enguiça
por todos é bem tratado
tem um terno bem passado
pra poder rezar a missa
é tranqüilo co’a justiça
tem shampoo, água-de-cheiro
bom cigarro e um isqueiro
carro no estacionamento
bem assim é o tratamento
ao preso que tem dinheiro

preso pobre é enguiçado
de todos sofre cuspida
uma camisa carcomida
um sapato sem solado
o tempo todo preocupado
sua calça é rasgada
fuma bituca catada
no pátio do ajuntamento
bem assim é o tratamento
ao preso que não tem nada

PUBLICADO EM JUNHO DE 2010 - CONTATOS PARA AQUISIÇÃO DO LIVRETO (69) 9976 9902, OU PELO E-MAIL dadomartinspoeta@yahoo.com.br, OU AINDA MSN: arnaldomartinspoeta@hotmail.com

Nos Dez de Galope na Beira do Mar

me sento pensando num verso decente
pois tenho escolhido esta Arte de Rima
eu rimo contente por baixo e por cima
não temo o veio que vem de repente
versando à caneta eu sou persistente
e mostro meu Verso pro mundo cantar
pesquiso o assunto de modo exemplar
pra que usufrua total serventia
e trago ao mundo a minha Poesia
nos dez de galope na beira do mar

eu sei que tem gente que me aprecia
que lê os meus Versos contente e orgulhoso
mas tem cabra fraco de tino invejoso
que vive de golpes e de covardia
reprova meu Verso e chama de fria
a Arte e a Pena que estou a louvar
nasci pra escrever e eu não vou mudar
o Verso que trago num peito atento
se topo gigantes, sem medo enfrento
nos dez de galope na beira do mar

um cabra ruim sem freio e alento
dizendo ser vate e também jornalista
tentou derrubar-me no meio da pista
e não conseguiu concluir seu intento
sou homem de paz e não violento
entretanto irritei co’esse cabra vulgar
em verso e estrofe eu fiz ele chorar
pra ele aprender que não é meu senhor
mostrei-lhe meu peso e também meu valor
nos dez de galope na beira do mar

o Poeta é um homem que é sonhador
lutando contente de noite e de dia
levando ao peito o brasão da Poesia
a espada na mão é uma Pena de Amor
e vai encarando em bravura e fervor
a falta de apoio a lhe atacar
buscando valor, persiste em lutar
tentando fazer do sonho sonhado
seu objetivo já realizado
nos dez de galope na beira do mar

eu brinco riscando o meu Verso rimado
o Verso é paz e também alegria
é faca afiada que corta e fatia
quando o Poeta se sente acuado
é um Papo-Amarelo já engatilhado
buscando o olho pra lhe estourar
e quando estoura faz espatifar
inimigo caindo encontra o chão
agoniza secando ao Sol do Sertão
nos dez de galope na beira do mar

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Pago Dez para Beber, E Cinqüenta pra Brigar

na facada eu arrepio
qualquer um cabra valente
depois tomo aguardente
novamente eu desafio
dou três, quatro rodopio
para o cabra não piscar
mesmo antes de falar
dei três pontos de doer
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

eu topei com Virgulino
que vagava no sertão
quis meu couro e meu facão
quando abri em desatino
os seus cabras vinham vindo
só pra me fazer rodar
eu mandei tudo pro ar
Lampião eu fiz correr
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

eu bebia minha pinga
quando entrou um valentão
deu dois murros no balcão
e quebrou duas moringa
como o cão atiça e vinga
pulei nele pra furar
com o facão a faiscar
ele começou gemer
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

um briguento consagrado
quis comigo bater rinha
eu fiz ele soltar linha
e sair todo borrado
dei dois tiros no solado
só pra ele se assustar
ele começou gritar
que nem dama de prazer
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

sou igual uma formiga
quando lido no serviço
nunca vou atrás de enguiço
mas alguma coisa instiga
me perseguem farra e briga
quando chego num lugar
bem que tento evitar
mas não posso me conter
pago dez para beber
e cinqüenta pra brigar

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Se Não Posso Escrever, Corto os Dedos da Mão

eu trilhei duro caminho
enfrentei dificuldades
não fiz todas faculdades
mas eu tiro o pó do ninho
sei que não ando sozinho
no caminho da ilusão
e se verso meu Refrão
não penso em surpreender
se não posso escrever
corto os dedos da mão

eu tentei ser vendedor
sem lograr a empreitada
encarei até enxada
derramando meu suor
e em cima de um trator
eu fiz grande plantação
dirigi um caminhão
pra tentar me converter
se não posso escrever
corto os dedos da mão

trabalhei de boiadeiro
na Fazenda da Cotia
comi tanta bóia fria
que me deu um desespero
cozinhei sem ter tempero
enterrei planta no chão
fabriquei até caixão
não pude me convencer
se não posso escrever
corto os dedos da mão

fiz faxina e limpeza
costurei roupa rasgada
remendei calça furada
fui lacaio de princesa
serviçal de baronesa
fui piloto de avião
e do céu até o chão
eu só pude compreender:
se não posso escrever
corto os dedos da mão

fui palhaço e trapezista
fui pedreiro e pintor
bate-estaca e furador
professor e jornalista
na TV eu fui artista
e chefe de construção
engraxate e artesão
só podendo entender
se não posso escrever
corto os dedos da mão

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Mulher Feia e Jumento, Só o Dono é Quem Procura

me casei com uma dama
com amor e com paixão
toda essa emoção
se acabou na hora da cama
se pensei que tinha fama
tinha agora só feiúra
acabou-se a doçura
começou o meu tormento:
mulher feia e jumento
só o dono é quem procura

seu cabelo era armado
parecendo uma bucha
sua cara era de bruxa
tinha um peito remendado
tinha um dedo remontado
todo torto na estrutura
até a geração futura
vai fugir desse invento
mulher feia e jumento
só o dono é quem procura

toda hora escapava
um assopro tão lascado
que eu ficava embriagado
com a bufa que ela dava
só um dente se contava
e o resto, dentadura
a chamava de fofura
pra manter o casamento
mulher feia e jumento
só o dono é quem procura

o sorriso era medonho
como um filme de terror
seu olhar assustador
acabava com meu sonho
eu afirmo e não suponho
as pernas de saracura
toda ela era dura
parecia um mau intento
mulher feia e jumento
só o dono é quem procura

quando dava gargalhada
tinha um bafo de dragão
barulho de caminhão
quando dava uma risada
sei que parece piada
sua bunda de tanajura
quem a vê, me esconjura
por não ser mais violento
mulher feia e jumento
só o dono é quem procura

PUBLICADO EM JUNHO DE 2010 - CONTATOS PARA AQUISIÇÃO DO LIVRETO (69) 9976 9902, OU PELO E-MAIL dadomartinspoeta@yahoo.com.br, OU AINDA MSN: arnaldomartinspoeta@hotmail.com

Rimo a Rima Rimador, Minha Vida é Rimar

veio na minha cachola
várias rimas de um intento
dos assuntos, falo um cento
sem pedir nenhuma esmola
falo de infância, escola
das manias de brincar
do primeiro namorar
sem saber o que é o Amor
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

rimo o verde e o cinzento
o vermelho e o amarelo
o sapato e o chinelo
o simplório e o nojento
rimo o raso e o sargento
o mandado a comandar
o sem jeito a ajeitar
calmaria e terror
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

rimo a arte da partilha
o saber de quem reparte
bobo e cego para a arte
tem no lombo uma forquilha
e as roupas da quadrilha
que não aprendeu dançar
pois na arte de roubar
tem justiça e tem favor
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

rimo o tempo de eleição
que é regido pelo demo
é quando um agir extremo
envolve a população
por detrás da armação
ninguém pode esperar
a astúcia de enganar
veio do preceptor
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

os bilhões da economia
são o alvo da ganância
a gerar intolerância
à nação que chora e chia
pois ladrões de alma fria
fazem o povo espernear
pra lhes dar o que gastar
nas praças do exterior
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

rimo tudo o que puder
que na mente é jogado
o exposto e o ocultado
rimo homem e mulher
rimo Deus e o lúcifer
e os anjos a voar
os demônios a espetar
a alma de um sofredor
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

vou rimando a Natureza
o cantar da passarada
o esplendor da alvorada
nos mostrando realeza
também rimo a beleza
das águas de rio e mar
a Gaivota a revoar
com todo o seu vigor
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

vou rimar o meu alerta
de manter cão amarrado
pois se o bicho é treinado
pode ser a arma certa
mas se vê: não é esperta
essa crença de amarrar
pois cachorro é pra alegrar
e não para causar dor
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

o Criador fez peixes vivos
colocou na água doce
alimento aí nos trouxe
para nos manter ativos
e o mar, aos mais altivos
também dá o seu pescar
pois no rio ou no mar
pesca peixe o pescador
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

na escura e densa mata
nos confins duma floresta
bicharada faz a festa
pois aí nada lhes falta
tem o fruto em galha alta
há sementes pra catar
há comida, água e lar
às criaturas do Criador
rimo a rima rimador
minha vida é rimar

O RESTANTE DESTE POEMA AINDA SERÁ PUBLICADO. AGUARDEM!